E se não tivesse mudado de nome ?
- Romero Marconi
- 5 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Como todos sabem, as mudanças de nome do Palestra de Minas, dos demais Palestras do Brasil e do Germânia não foram nada espontâneas.
Embora não houvesse um decreto direto e explícito, a política do Estado Novo, sob o Governo de Getúlio Vargas, e sua “Campanha de Nacionalização” resultaram em pressões que cercaram clubes e instituições com raízes nos países do Eixo.

Esse clima de hostilidade levou essas entidades a tomar medidas drásticas para evitar o encerramento de suas atividades.
Parte da sociedade civil, assim como alguns militares, passaram a adotar atitudes invasivas e até truculentas em relação a pessoas e instituições ligadas de alguma forma a países do Eixo, como Itália, Japão e Alemanha.
Dificilmente um comerciante, proprietário de estabelecimento ou associação esportiva, como o Palestra Mineiro, teria a resiliência necessária para enfrentar todos esses obstáculos, que se intensificavam dia após dia.
Não havia previsões sobre o fim da guerra e, portanto, nenhuma garantia de por quanto tempo seria possível resistir. As relações institucionais estavam cada vez mais tensas, e era preciso uma atitude radical.

Como muitas instituições já haviam cedido às pressões da Campanha de Nacionalização, qualquer tentativa de resistência parecia inviável. A única saída era a queda de Vargas e sua política, ou o Palestra enfrentaria o isolamento e o retorno ao amadorismo, operando na clandestinidade.
Esse seria o destino de um clube que ousasse resistir naquele período conturbado.
Em 1942, o futebol já era profissional e sustentava funcionários assalariados em várias modalidades. Resistir às imposições colocaria em risco os empregos de diversas pessoas envolvidas no clube do Barro Preto, afetando diretamente suas vidas.

Portanto, considerando o contexto da época, qualquer clube que se recusasse a ceder à política de nacionalização corria sério risco de falência ou de ver-se forçado à clandestinidade., de forma isolada, se um clube se recusasse a ceder à política de nacionalização, os indícios apontavam para a falência ou clandestinidade.




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